1. A estratégia da direita americana pós-Trump pode dar lições ao bolsonarismo no Brasil, especialmente em relação às guerras culturais e pautas de pânico moral.
2. As primárias republicanas para a Presidência em 2024 devem ser marcadas pela disputa entre Trump e o governador da Flórida, Ron DeSantis, ambos com posições radicais em questões de costumes.
3. A direita brasileira deve aprender com a experiência americana e evitar dobrar a aposta no bolsonarismo, o que pode afastar eleitores moderados e prejudicar sua competitividade eleitoral.
O artigo "Estratégia da direita pós-Trump dá lição ao bolsonarismo" publicado pela Folha de São Paulo em 18/03/2023, apresenta uma análise sobre as semelhanças entre a política dos Estados Unidos e do Brasil desde a ascensão ao poder de Donald Trump e Jair Bolsonaro. O texto destaca que ambos os líderes são considerados populistas de direita que contestaram a derrota nas urnas sem argumentos consistentes, tiveram apoiadores engajados em atos violentos para tentar reverter o resultado eleitoral e adotaram condutas vistas como ataques à democracia.
O artigo também menciona a conferência conservadora CPAC nos Estados Unidos, onde foram discutidos temas como mudança de sexo, agenda trans, sexualização infantil, pauta ambiental e competição feminina. O autor destaca que essas pautas são fortes entre a direita americana e que muitas vezes são importadas para o Brasil.
No entanto, o texto não apresenta um equilíbrio na análise das estratégias políticas da esquerda e da direita no Brasil e nos Estados Unidos. Além disso, algumas afirmações feitas no artigo não possuem suporte ou evidências suficientes para sustentá-las.
Por exemplo, quando o autor afirma que "importantes atores têm adaptado narrativas conspiratórias para o Brasil produzidas pela extrema direita estadunidense", ele não apresenta exemplos concretos dessas adaptações ou quais seriam esses atores importantes.
Outra afirmação questionável é quando o autor diz que "a direita democrática brasileira pode aprender com a direita americana que dobrar a aposta no bolsonarismo coloca em risco a competitividade eleitoral". Essa afirmação parece ignorar as diferenças entre os contextos políticos dos dois países e não leva em conta outras variáveis que podem influenciar na competitividade eleitoral.
Além disso, o artigo parece ter um viés crítico em relação à direita brasileira e ao bolsonarismo. Embora seja importante analisar as estratégias políticas adotadas por diferentes grupos ideológicos, é necessário fazê-lo de forma imparcial e equilibrada.
Em resumo, embora o artigo traga informações relevantes sobre as semelhanças entre as políticas dos EUA e do Brasil desde a ascensão ao poder de Trump e Bolsonaro, há algumas falhas na análise das estratégias políticas da esquerda e da direita nos dois países. Além disso, há um possível viés crítico em relação à direita brasileira.